Há um conflito entre o poder dos argumentos e os "argumentos do poder".
Nao é provável que haja menos abuso de poder que exercicio de autoridade legítimo baseado
na verdade da coisa, e nao dos participantes da questao disputada.
Os conhecimentos, experiências e descobertas mais caros à humanidade, que ajudaram a formar o mínimo do que chamariamos " bom senso " sao por um momento abrupto postos de lado pela vaidade de um único gesto egoísta, normalmente baseado numa falsa relacao com sentimentos de culpa e medo.
A pergunta é: qual é o poder do argumento frente a isso? Deveria haver uma dimensao mais forte que a própria argumentacao, que a própria forma retórica da lógica da verdade.
Mas apenas deveria haver...
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Thursday, April 9, 2015
Tuesday, April 7, 2015
Opostos
Não existe nada pior do que não discernir contrários, ou opostos, e as formas em que eles se dão. Pois às vezes são problemas na compreensão; outras, na oposição mesma. A percepção da realidade ou não de um problema depende de nossa relação com a caracterização da oposição, ou contraposição.
Aristóteles se esforçou muito para isso!
Por exemplo:
A indistinção entre heavy metal, rock e pop é parecida como a entre romance, erotismo e pornografia.
Há ainda a entre as formas de feminismo, homosexualismo, etc. : para tudo que cai para a esquerda, ou que surgiu nela, e que dela talvez passou uma versão simulacro e travesti de direita. Para as guerras religiosas parece-me parecido. Enfim, parece inútil falar de justiça sem definir as formas de oposições em seus devidos lugares. Pois umas não sabem que complementam-se, outras entram em necessariamente em conflito.
Não adiante atacar algo composto, pensando que trata-se de um só simples, e ainda, pior, responsável pelo "mal".
Monday, April 6, 2015
Burro / Ignorante
Chamar alguém de burro significa mostrar sentimentos acerca de seu estado de ignorância. Deixamos de chamar de burro assim que percebemos uma assimilação da própria ignorância como tal. Isso vale para quem foi xingado tanto quanto para a assimilação e elaboração da ignorância do outro naquele mesmo quem o xinga.
Escritor / Burro
Às vezes o escritor fica entre fazer com que outros sintam-se burros ou em alimentá-los de fato na própria burrice . Burros? " Mas não há burrice!" diria alguém. Exato, trata-se de um sentimento: de fato é sua relação com uma falsa concepção do oposto à burrice o problema. Caso contrário, não haveria sentimento de burrice, mas de percepção da ignorância. Perceber a própria ignorância é um estado imediato e ativo: não pára em si, e vai logo saciar o vazio disto mesmo.
Platão fez muito bem em escrever sobre tais paradoxos acerca da passagem...
Tuesday, March 31, 2015
O PAPA É POP
O pessoal não lê, é claro, a tal " Encíclica" - que é escrita já de modo tal que todo a compreenda! No Brasil eles conhecem o dito do papa pelo JN ou pelo Gugu. Na Itália por uma revistinha de 1.50 Euro que comenta apenas suas privacidades. Na Áustria um símile desta revistinha está para sair também. O pessoal gosta é do quadrinho do papa pendurado na sacristia, às vezes maior que o crucifixo mesmo. Assim não da nem para falar ou criticar " posições da Igreja". E nem saber se são elas mesmo horríveis, ou quais são de fato quase a salvação. Do contrário teriam caído já em guerra contra outras religiões novamente, desta vez no século mais violento. Há enfim uma ignorância recíproca e crescente: a do religioso, a do não religioso, e a das principais religiões, que relaciona cada um em deles entre si num "complício". O papa mesmo, em meio a adulação ao seu poder, e menos à sua santidade, vê-se no risco natural de confundir-se a si mesmo. Veja-se, p.ex., a disputa sobre o conceito de santidade entre Kant e St. Thomas: numa a relação com um Deus infinito, objeto do conhecimento, reduzido ao hoje precário conceito de causa, noutro com Deus apenas indiretamente, ou seja, numa relação com a pura exigência subjetiva da moralidade face ao limite do conhecimento, relação independente do causal, mas antes constituída na purificação ascética da vontade face ao dever (...) Essa "querela" parece inatual, ou melhor, inacessível mesmo ao público escasso da Encíclica, que estimo constituir-se por teólogos, padres e religiosos em formação - exceto incluam-se nisto fiéis que arrisquem sair da região de conforto. Evitando fazer da Encíclica uma " Complíquica " a esse respeito, consultou-se, pois, para a última delas, a teologia do meio ambiente de Leonardo Boff, que estudou cinco anos em Munique com um dos teólogos mais comentados no século passado, Karl Rahner. Veja, não trata-se exatamente de " nossa teologia!". P. Francisco teria que responder nela algo sobre a dívida da Teologia Cristã para com a matéria natural - problemática subjacente à deterioração do meio-ambiente. Mas duvido que o faça mais na forma de resolução de problema que simplesmente em uma expressão ativista cortesã e pensamentos de diplomacia interdisciplinar. Quer dizer: no que toca aos pontos decisivos, leia-se antes então Leonardo Boff e Karl Rahner mesmo ...
Ao papa seria preciso o talento de andar como um zero em meio a todas contraposições ambíguas na conjuntura do poder que representa: ser e não ser, ora à esquerda do número, ora à direita. Pois têm toda sorte de inimigos; o maior deles, a hipocrisia dos católicos mesmos face à teologias, que entre si mesmas disputam, e o populismo medroso - conseqüência de uma "misinterpretação" da "Missão" - que tirou faz muito tempo a vitalidade religiosa, que em última instância punha-se em relação com o mistério natural da matéria, e que fora evocado pela afirmação desenvergonhada do místico e hermético de seu ritual.
Friday, March 6, 2015
Agregados
Chegando à marca dos 700 amigos, dos 1000, enfim ,olhe-se então entre eles na lista oferecida pelo facebook, e ver-se-á que há gente de que não fazemos a mínima idéia; como vai com eles?! Vão bem também? Estou falando com vocês. Contato! É, ficamos meio-assim de perguntar... É o novo tipo de agregado. As etiquetas mesmo não dão conta se se atualizar: os fatos mais imperceptíveis correm à frente! Qual ingênuo face à presença e lembrança diária de tais " regiões cinzas " do social era o delimitar vizinhança com horários de visita e muro da casa . Que status tem a frase " Amigo é o que deixamos entrar em casa" frente a isso ? Contatos dão-se por soma, justaposição e aglutinação. Na verdade são dados que entram em contato, e com isso - provocando um flosquinho da sensação de proximidade - movimentam ações desconhecidas pelos usuários. Entre eles facebooks de quem procura emprego por via indireta, outros de quem cujo gosto musical deve ser ouvido, outros os quais acharam a melhor forma de ampliar o partido político, outros que por aí zanzam com nua vergonha - dão aparência de dizerem o que pensam... - e por vezes esperimentam curiosos o detalhe de cada função, de cada pecinha deste brinquedo autônomo, ainda não concebido por sociólogos e filósofos; sobretudo maluco mesmo, onde o mais bacana teria sido escrever, escrever, como um pão sovar a teoria do imediato minuto mesmo...
Arrogante
A consequência do popular cultivo passivo da sub-cidadania - delegando o epiteto " culto" à bossa universitária, onde a ignorância ganha seus fortes de mármore - tem por consequência criar uma matilha revolucionária de arrogantes esnobes, um Idealismo do Subúrbio, meia-sombra do romantismo alemão, com bombas intragáveis àqueles que certa vez hesitaram, enquanto caríssimos filósofos de um público, falar em diálogo justo e razoável com a realidade suburbana dos que constituiam a malha de seus auditórios chapados.
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