Monday, December 24, 2012

Evil ist first of all that what causes the oblivion of the good things.

Wednesday, December 19, 2012

The principle that I hold on many of my thoughts, in form of sentence.

For the moral, and the aesthetics, there is only one and mystical dieletic: the new of the same. There is no empty repetition, neither absolute progress. The matter is if we perceive it other not.

Saturday, December 15, 2012

Sucesso moral?

A vitória moral mais preciosa é incompartilhável;  fica ilhada para sí.

Thursday, December 6, 2012

Niemeyer

    O Brasil tem o hábito de lembrar mais dos  maus brasileiros, e menos dos grandes. Requer certa cultura para ser sensibilizado pelos últimos,ao passo que dos outros a simples fome ou passividade à injustiças marca para não mais esquecer.  Requer também coragem para espelhar-se à fria sombra dos melhores exemplos. Cada morte, e cada obra,  podem juntos porém ser força mais forte, e sua lembrança um fogo vivo a ser transmitido.  Niemeyer, ao lograr do que pouca arte tem - a presença pública e definitiva da obra de arte urbana -   será canditado à memória da "pólis";  construtor platônico que no mais concreto dos materiais  buscou refletir idealmente toda abstração assombrosa do Estado escrito.

Wednesday, December 5, 2012

Barroque/Pop X Contemporary Music

 The things are now symptoms. To that they became. In the metal, in the pop, how many broken pieces of the vigorous baroque harmony, and its secular joy (...) How can one recuperate the truly ancient souls health? Its however incomparable - as each folk  and instinctive expression -  the authentic force of this recent and already half-dead event, the 80`s heavy metal, for example. But in same way, sublime is the tension between both historical points. How can you them recuperate a truly ancient souls health?



Sunday, November 25, 2012

Beauty/ Simple/ Complex

Is not easy true the understanding that defends a aesthetical equivalence between easy and simple, and between hard and complex.

Sunday, November 18, 2012

Duvidar do Professor/ Duvidar do aluno

Se você não acredita no teu aluno mais que ele próprio, por favor, não ensine-o. E se pressentes que teu professor duvida de ti - isto é, que ele não se preocupa em deixar claro-  leve- o em meia consideração, até que algo melhor se decida.

Vontade/Destino exterior/Fé [ Wille/ ausserer Schiksal/ Glaube]

Embora não devamos superestimar a força de vontade, é bom não esquecer a sombra de Abraão.

Obwohl wir die WIllenskraft nicht überschätzen wollen, ist es gut nicht vergessen, den Shatten Abrahams.

Sunday, November 11, 2012

Verdade/ Moral/Lembrança [Wahrheit/ Moral/ Erinnerung]

O maior problema que se oferece não é tanto conhecer a verdade,
mas conservá-la moralmente a cada segundo.

As próprias inverdades, ridiculamente,
 são alvo de imensa hipocrisia.

Seja, pois, que o meditemos...



Das Hauptproblem, das sich uns anbietet, geht nicht um die Wahrheit zu erkennen
sondern um sie moralisch beizubehalten, auf jedem Sekund.

Die Unwahrheiten selbst werden törlich
zum ungeheueren Hypocrisien geworfen.


Sei es, dann, dass wir es meditieren...

Thursday, October 25, 2012

Exemplo/ Lógica [ Bespiel / Logik ]

Confunde-se freqüentemente usar um exemplo como força de expressão
para um princípio com usá-lo como o próprio princípio.

Es wird häufig verwechselt, üeber ein Beispiel als Ausdruck eines Prinzips oder
als dieses reine Prinzip selbst zu verwenden.

Wednesday, October 3, 2012

Fé? [Glaube?]

Fácil pensar em morrer quando estamos no pior.
Fácil pensar em viver quando estamos no melhor.
Mas que tipo raro de felicidade lembraria
do pior, e da morte,
Justo quando em júbilo de seu ápice?

Leicht  das Sterben denken, als wir das Schlechtestens erleben.
Leicht das Leben denken, als wir das Allerbestes erleben.
Aber was für ein seltsames Glück würde sich
             von dem Schlechtesten, und von der Tod erinnern,
Gerade wenn im Jubel auf seinem Gipfel?

Friday, September 21, 2012

Clareza Filosófica?/ A Proporção Paidêutica de seu Discurso Textual


Julgar a "clareza" envolve conhecer o conteúdo, e saber se este é dado à transparência.
"Clareza" envolve o pressuposto da adequação à objetos prontos. Não: a verdade com qual o teórico lida pode ainda não estar pronta, diferente da verdade do religioso. Seu texto anda necessariamente na meia-lua, na meia-verdade.


O claro do texto é eufemismo para o que o mercado intelectual realmente quer "sem querer": a facilitação enquanto mecanismo de reprodução. Se tratamos com preguiçosos, ou com o adversário teórico, nem sempre facilitar é livrar-se do problema essência/aparência.  Para algums, facilitar é não ir ao porquê ou ao fundo da coisa; para outros, facilitar é mostrar o por que até o solo onde perguntas e respostas entortam-se todos juntos.

Julgar a "clareza" pressupõe a verdade do conteúdo, e principalmente à arrogância do acesso imediato, a arrogância de tomar a própria inteligência como padrão universal falsamente justificado  por uma falsa proporção com a erudição cumulativa. O sofista é claro, sim, mas até apercerber-se de sua não-verdade; de aí em diante é ele, pois, o que tinha sido mais obscuro.

É-se claro de forma adequada ao falar de conhecimentos cumulados e termos consagrados;na operação de des- e reconstrução do patrimônio que já mofa, porém, nem sempre.O patrimônio cultural mofa pois achou-se muito claro e comunicável. Não, o passado está cada vez mais perdido, e o 
presente um instante solto no ar. Gaseificamos na transparência do gás (...) (...) (...).

Negligencia-se as dimensões da clareza, o que sabe confude-se cada vez mais com o que não sabe, comforme o demoníaco propósito deste último. Cristo foi muito claro, enquanto ser verdadeiro. por outro lado a propagação e potencialidades infinitas de seus sinais são misteriosos. Ora: igualmente, se ele fosse mal, o seria tanto pelo claro quanto pelo escuro.

Ser claro, quando respeita-se a sombra do  Desconhecido ao escurecer, é breve engano. Ser claro porém, deve ser reservado à raros momentos de luz: um entre-luzes.

Muitos, como o sedutor, pecariam muito em ser "claros"; perderiam a amada. Talvez da mesma forma teria Sócrates perdido Alcebíades, nunca tendo-o envolvido no afeto de seus laços retóricos. É preciso rir dos que tratam a clareza sem seu contrário dialético, e dos que negligenciam a falibilidade da obrigação textual filosófica. Caso tudo dependesse da vontade, a vontade esclareceria-se adequadamente por si mesma.  Não, há algum elemento de relação de poder que refreia a vontade, o ato livre; e no receio do ato mágico 
perde-se a unidade do encantamento.  Sim, agora tens razão! Melhor seria qualquer máquina no lugar do encantamento frustrado!

O problema da "clareza" assume importância quando esta vira um valor sem qualquer relatividade. Adorno, certa vez,  não foi-me claro, e não parece sê-lo a muitos. Por isso não sou talvez seu grande conhecedor, e teria um motivo aparente para desprezá-lo quanto ao "papel social". Contravalorar Adorno pela sua forma de mediação, por outro lado, é pretenção questionável. Mas, neste exemplo,  - caso eu tenha chegado ao conceito de Adorno, e então verificado que ele traiu, na forma de se exprimir, o próprio conceito - isto é somente um pouco mais fundado.


Mas, e se ele foi claro ao mostrar enquanto tal algo que não está claro ? Não vale a pena exprimir um encantamento frustrado, mas ao invés disto, fazer falir no texto mesmo a obscuridade das coisas que prefrem se ocultar após o momento mesmo em que escreveste. Caso contrário, tua clareza mente a ti mesmo, e consiste apenas num fazer esquecer da complexidade das coisas.



(...)


A época presente deveria mais é excitar os pluralismos da compreensão, sua verdadeira democracia, principalmente através das formas vivas e múltiplas da compreensão: justamente esse universo " obscuro", que compreende a música, os poemas, a simbólica, os textos sagrados, os sonhos. Poderia-se chamá-lo, parodiando Schiller,  A Educação Hermenêutica do cidadão cultural.


A consciência das virtualidades da própria noção de  clareza é o sinalizador de seus perigos ou de sua legitimidade. Nem sempre convém dizer a verdade, quando esta perde-se no dito; e enquanto se não a diz, por que se não a consegue efetivamente dizer , pode convir guardá-la com carinho. 

Ora, o símbolo é ainda o melhor carinho do significado. E não há  acesso público para os que não amam o procurado.

Fora a gramática,o idioma, a compreensibilidade é uma questão de amantes; e a clareza apenas um mais ou um menos para a afinidade.

Claros,alíás, foram os imperialistas: sua tarefa é provar o ápice da crença na comunicação: a clareza na não-afinidade. Mera etiqueta. Caso não funcionasse, já há muito estaria-lhes disposta a clareza unívoca da violência.





Monday, September 17, 2012

Misticismo Dialético.

(1) Não há  nada verdadeiro, a verdade não há.
(2) Só há verdade, a verdade é o que há.
(3) No mundo, toda verdade é meia verdade.



Das proposições acima, a única que contradiz a si mesma é a que parece mais clara, e inclusive é a mais asserida irresponsávelmente por várias pessoas,isto é, a primeira. Ela se contradiz caso seja sujeito da própria afirmação. Se absolutamente não há verdade, não há nem a verdade sobre a não-verdade. Seguindo adiante,caso só houvesse a verdade, e tudo ela fosse, isso nada contradiria a segunda idéia - mesmo sendo idéia  obscura. Por fim, a única frase verdadeira tautológicamente, é a mais enigmática, proferida em uma psicografia de F. Pessoa:
Ora, se tudo é meia verdade, a realidade disso não só não fere o pressuposto como até o explica e o funda ciclicamente, e ainda projeta em si mesma um movimento simultaneamente rumo ao desconhecido e ao conhecido, isto é, de essência dialética.

(4) Alguma verdade há. Mas a par de que
nem tudo seja  verdadeiro.







Thursday, September 13, 2012

New? Original?

The way of the repetition  is , as a authenticity  of the sacred,  the authenticity of the new.

Litografia

Se fosse-nos dado escrever numa pedra sagrada, isto é,
somente uma única vez, tería-se pensado muito bem acerca daquilo
que deveria ser escrito,embora não o pudesse,
e teria-se concluído que talvez o mais
sensato a fazer seria um desenho onde nele se reunissem todos os significados.
Isto sim seriam uma idéia e expressão clara do que há.

Falta-nos talvez é menos digitar
e mais caligrafar.

Penso.Penso? Escrevo.Escrevo?

Escrever o que se pensa dói! E esta dor é a irrealização essencial do pensamento. Pois ao não ser escrito o que se pensa, duvida-se sobre realmente ter sido pensado o que se escreveu: o pensamento pode ter não sido ou , havendo sido, ter-se mesmo perdido esquecido.

Saturday, September 8, 2012

Argumento Moral

Eu digo assim: significa algo hoje em Filosofia "responder moralmente" pelo escrito? Ou o escrito é uma nota fiscal automática? O argumento moral entra como forma de argumento entre outras? Caso não, digo que escrevo como resultado de uma crise causal qualquer; e por ser causal, é lógico, logo válido, tediosamente válido porém... Fica sempre implícito qualquer tipo de argumento moral, e nesse sentido até de poder, nos jogos filosóficos. A verdade de quem não tem autoridade moral nada vale. É exatamente esse o problema que o religioso coloca ao acadêmico: como o filósofo hoje entende seu trabalho?.Se ele estiver em falso caminho, está disposto ele a comprometer o nome da profissão? Esse são meus pensamentos presentes!

Friday, September 7, 2012

Ignorância/Urbano

As pessoas me perguntam frequentemente: "Emanuel, o que difere Salzburg de Florianopolis?". Agora me passa pela cabeça uma boa resposta, direto dos Ingleses e do lugar para onde está indo dejetos que a administração nacional negligencia tratar: a ignorância lá é quieta e mais bem acomportada na eterna reputação puritana que o tempo de Mozart conferiu à Austria, e por isso é interesse de mecanismos de poder abafá-la (nem tanto eliminá-la);aqui , por outro lado, a ignorância é sempre algo invasor e iminência da pior forma de opressão; começa com um vazamento, mas termina em uma enchente.

Tuesday, August 28, 2012

Questão de Hermenêutica



Se a pessoa nao entende o que quero dizer, como diz que não expresso bem o que quero dizer?
Ela poderia então explicá-o para mim, acho?

E quando digo "você escreve claramente!"
parece que  :1) você escreve o que já sei.
                   2) você escreve aquilo que quero entender, mas do jeito que eu, leitor, já entendo.
                   3) Eu sou penetrado  pela ato dominador de sua "lógica",sem questioná-la, os argumentos parecem encadeados como lajotas (...)

Monday, August 27, 2012

Barroco/Piano

Um erro ao tocar Bach, símbolo do barroco ao piano, é privar o rústico através de excesso de sofisticação. Nos pianos mais sofisticados, encontrar a simplicidade fora do rude e do tosco é um desafio. Contudo, tocar bem ao piano o outrora repertório para cravo e orgão, significa mostrar a compreensão moderna do antigo, tão quanto tocar mal significa mostrar o abismo em que caiu o passado.

Quando ouço ao cravo, imagino Bach tocando
Quando ouço ao piano , imagino o pianista tentanto tocar...

 A importante função mítica de levar ao outrora fica desbotada pela autonomia da função de virtuosidade técnica, cujo objetivo é o desafio.
Por mais que a relação entre o pianista e a obra seja autêntica, este não a exterioriza, pois o próprio instrumento, em sua riqueza não calculada pelo autor,  expressa mais o pianista , em sua decisões interpretativas, que a rica simplicidade do conteúdo original.

Saturday, August 18, 2012

filosofo-texto / Ofilosofo enquanto doente


Acredito que o texto filosofico, - repito isso as vezes - nao se desvencilha facilmente da qualidade poetica de ser expressivo e catártico, e que isso só pode sê-lo em certa pretensao de ser verdade.  É uma verdade mais ""visceral"",como dizes, a do expressivo, que surge da frustraçao de uma verdade mais higiênica e urbana.

Nao nos ceguemos: com o poeta, e com o musico, o filofoso é que aquele "a quem foi negado o social". Trata-se de uma condicao doentia da propria profissao. Mas pergunto se a questao é lidar ou resolver a doença. O mal estar do mundo é mal estar do filosofo: na verdade o mundo nao está nesse grande mal estar, tal qual no filosofico se experimenta..


Nessa parte é que dá-se um ponta pé na filosofia:
nao é certeza, nem dúvida: quer-se fé.

Como é outra categoria, trata-se de alguem que deixa de jogar xadrez para ir dormir. Não há comparação.Ou seja, joguemos xadrez e durmimos para outro dia!

Monday, August 13, 2012

Os egoísmos em comum são o vínculo mais forte da sociedade.

Wednesday, July 11, 2012

A Seriedade Alegre

Só espero que a satisfação não torne-se um conformismo, que ela case bem com a tensão de minha criatividade eliminando todo delírio que seja excedente à saúde , e que assim dure sem acabar por abandonar a vontade de trabalhar. Eu pretendo que a satisfação comigo próprio não seja satisfação  e conformismo egoísta com o mundo, mas uma condição para trabalhar de bom grado para o seu melhor. Assim procuro ter seriedade , ao fazer a interioridade palpar o mundo pela reverberação de certa alegria.

Monday, July 9, 2012

O racismo é uma opnião prestes ao crime. Como várias outras...

Thursday, July 5, 2012

Sunday, July 1, 2012

Eu me incomodo por não conseguir distinguir se em Pessoa, com em outros artistas, aprecia-se a beleza ou um sintoma. Uma beleza que não seja saudavel:grande questão.
É interesante como o filósofo não encontra lugar na salada de opniões e preconceitos acerca de temas correntes da filosofia. No top de linha estão os atentados ao gênero e à sexualidade. Se os eruditos tivessem por sua vez o seu meio de comunicação e multiplicação de informações tal como o "resto", o mundo das idéias estaria mais palpável e menos hostil. O Facebook pode ser uma grande ágora, onde é calculado o que deve passar adiante e o que deve ser vaiado. Nessa ágora participam leoes, pedras, crianças, bonecas e pessoas em construção. A minha barriga ri de medo! A razão sorri de loucura!

Friday, June 22, 2012

No.76

The way of the repetition  is , as a authenticity  of the sacred,  the authenticity of the new.

Wednesday, June 20, 2012

No.75

The contemporary music is new, but the felling of the early music on our modern emptness will be always incomparable. The sacred jump strongly the category of the development, und with them, the beauty. New are the effects, not the content.

Wednesday, June 13, 2012

No.74 Filósofo/Superprodução

Eu considero isso uma super-produção. A hiperatividade é o sintoma da condição humana de desespero. Não agir significa abrir-se ao fantasma da interioridade, ou melhor dito, à sombra de nós mesmos - pois o negativo da interioridade não significa exclusivamente inação.

No contexto da superprodução espera-se em carência por ataques concentrados e fortes, creio eu, e em seguida um desdobramento paulatino deste ataque em pequenos textos. O característico do filosofo é o grau alcoólico de sua concentração - aos outros cabe trocar em miúdos. Daí o problema da honestidade de sua incognoscibilidade...  O ponto a ser pensado é o seguinte: quem lê teu artigo com mais atenção à tua fala que um psiquiatra (sendo ainda que este é pago)?

Eu aproveitaria essa tarefa de três em três meses escrever artigos mais como incursos e exercicios de erudição, sem duvida isso fortalece argumentos. Acontece que argumentos mirabolantes morrem no tabuleiro, as pessoas do lado de fora do circo universitário entenderão apenas um filósofo que as incite à determinado olhar, com um olhar que não vascile. 
Saber muitos sabem, poucos são encorajados a exercer um comportamento. 
Não temos todas as verdades, mas em relação a verdade que temos somos já o suficiente individados!


Escrito em ocasiao de correspondência

Monday, May 28, 2012

No.73

 ...um ser que fica bajulando a propria aparencia e ao mesmo tempo nao quer ser "tratado como ob-jeto"...  interessante! (?) Que bela a aparencia invisivel, coisa paradoxal,  do que espera-se de um sub-jeito!

Friday, May 25, 2012

No.72

a música pop tem que compensar o que a música clssica hoje em dia ainda nao consegue bem: o r''ustico, as raízes do gregário. Ela deve tentar reintroduzir o folclórico na sua mentalidade, e tentar fazê-lo vivo apesar da realidade do marketing.

Sunday, May 13, 2012

No.71

 A mística de estar bem consigo mesmo independente dos olhos do outro e' de fato um segredo ao mesmo tempo muito perigoso e delicado.

No.70


Certas pessoas vao de um eu'te'amo a outro em velocidade impressionante. Falta menos infantilidade nas relacoes pessoais nao? Um pouco de literatura eh uma ajuda eficaz.Foi assim que em certa  rapariga o vermelho do coracao jah desbotou ... pois creu a todos amar, jah que amor era vao.  Enquantos os corpos aromatizados rapido se desgatam, e enquanto nao se declara em vao o don juan astuto, se recompoem facil apenas coracoes de porco, fogos 'fatuos da noite - pois , em contrario, os coracoes que de fato amaram, nao amaram muitas vezes nao, e seguiram certeiros com feh numa soh direcao.

  Ai as vezes temos lah em baixo uma vontade de dizer francamente, nao? »Me use mas nao me ame» Pois parece que essa palavra magica e ao mesmo tempo mal'dita tira toda o lazer e diversao da coisa, jogando duas vidas num soh compromisso: nao deixar de amar. Como eh dificil amar alguem apenas (tao) util para nos... Entao desiste'se. E que graca teria esperar tanto tempo para amar? Ora, por que nao?, ame'se logo o primeiro da frente!- sim, alguem poderia pensa'lo.  E esse desespero hiperativo de nos mesmos corroi e corrompe osso e carne, alma e espirito, a cada dia. Certas pessoas vao de um eu te amo a outro em velocidade mesmo impressionante!

Saturday, May 5, 2012

No.69

A questao muda depois que percebemos que todos somos educadores uns dos outros, na
 forma de referencias ou contra-referencias comportamentais. A consciencia da faticidade da comunicacao comportamental, em termos de conteudos de cultura e de psique, estabelece uma responsabilidade reiluminada da conduta "individual".
De forma que assim solve-se o problema adorno-kierkegaardiano entre a interioridade e o Outro, isto eh:na  transicaoda interioridade para o Outro configurada no conceito do "proximo".

Thursday, May 3, 2012

No.68

O que um poema ensina, em ocasiao de poesia, falta-nos demasia: eh que saber ler nao significa diretamente ler muito -segundo certa apologia - mas encontrar e criar sentidos mais fecundos no lido. Ler plenamente eh muito dificil, jah que isso significa (dizia o Filosofo) encontrar-Se no que estah escrito.

No.67

 Alguns relacionamentos comecam na cerveja e no barulho. Outros no vinho e fundo musical. Outros, no cha', ao som de passarinhos. Aqueles terminam nao raro em cerveja mesmo; os seguintes, talvez arrastem-se melancolicos; e os ultimos, provavelmente terminam (...) em paz.

Monday, April 30, 2012

No.66

A arte contemporanea coloca-nos, seres sensatos, a seguinte questao: QUAL E' O ESTATUTO ESTÉTICO DO NOVO?

Mas... da mesma forma devem ser especuladas:  A ESTETICIDADE DO HISTÓRICO, E A HISTORICIDADE DO ESTÉTICO, ISTO É, QUALIDADES DO DADO.

Boa Sorte!

Thursday, April 26, 2012

No.65

O filosofo tratava , ate' entao , do bom-viver... Embora ninguem trate intencionalmente do mau-viver, esse vence aquele com violenta maioria. Pobres os que vivem correndo, quando o pao de cada dia aguarda-lhes ja em seus travesseiros; pobre o trabalho sem prazer, o prazer sem trabalho.

Monday, April 23, 2012

No.63

A internet e'  sem duvida nosso pandemoinho cultural, o sintoma e o sublime matematico disso.

Sunday, April 22, 2012

No.62

As vezes eu penso comigo se a musica classica nao eh a maior hipocrisia que ha'. Os valores dela sao completamente hostis a esse mundo, este estilo lapida ou seres radicais ( e o autor cah deste lado) ou hipocritas pragma'ticos que dela apenas chupam o sangue , o dinheiro, as oportunidades mais ligeiras. Ora; Como, pois, exclui-la de um idealismo ao mesmo tempo estetico e moral?  Seu ideal eh tao ascetico e a problematica de sua realizacao tao verdadeira quanto a questao do individuo posto sozinho e  de frente para o arquetipo de Cristo. O senador e "pedagogo" Arthur da Tavola estava certo em formular isto no t'itulo de seu programa: "Quem Tem Medo da Musica Classica?". Respondo:Todos; quem nao o tem,esconde. Como uma estrela, esta musica morreu na ultima escola classica, nos ultimos gritos sinfonicos, e como tal, deixou para posterioridade o buraco negro da vanguarda contemporanea, um silencio beckettiano cujo sintoma eh a musica pop e sua hegemonia enquanto inevitavel anestesia do trabalhador alienado, ou elemento excitante e contra-depressivo da juventude desocupada . A lei eh ser hiperativo, e os devaneios do Pequeno Principe,  junto com uma arte de outrora, enfraquecem pouco a pouco diluidos no frenesi, na histeria da festa esteril, cada vez mais rapido e cada vez mais intenso...

Saturday, March 10, 2012

No.61

Ora papo-furado, ora conversa fiada.
Eis o modo em que se  conserva alguns amigos.

Poucos nao sentem-se envergonhados
na tentativa de adentrar o terreno da seriedade,
 e de compartilhar o que ha' de mais indivisivel.

Friday, March 9, 2012

II

Construir a catedral do Eu.
Eis questao que o espirito poe a si mesmo;
e, ao mesmo tempo,
contra si pro'prio.

I

Como o xadrez a filosofia e' ,indenpendente de util, algo nobremente prazeroso.

Sunday, March 4, 2012

Monday, February 27, 2012

IX ( Epigrafe geral da Ars Po'etica) )

Eis a maldi'cao dos meus poemas escritos em braile:

VIII

O discurso que foje do Sileencio,
Este se desfaz em caminhos-de-rato.

VII

Eu fui um destes que achava que a internet iria ampliar nossa erudi'cao... Mas nao eh est'a, pois,  na ajuda na T''ecnica, o perigo da fechadura do ser?

Wednesday, February 15, 2012

"Welten bauen gnuegt nicht dem tiefer dringenden 
                                                              Sinne:
Aber ein liebendes Herz saettig den strebenden Geist"

(NOVALIS, 1772- 1801)

Essa seria  a boa relacao com o ideal, a ofuscada pelo ideal prospectivo ( o  progresso): enquanto eternidade subejtiva do Gemueth (alma/animo/humor).

VI

Resumo: 'e preciso tirar contas com o cristianismo, mas dentro dele e, principalmente. aguentando a dor da propria hipocrisia.  Por pior que seja, s'o sob um Ideal 'e que um hipocrita se faz completo .Esta `e a dor da id'eia.




Monday, February 13, 2012

V

(Ant'ifona)


Descobrir-se contemporaneo da Eternidade,
Irmao gemeo do tempo anonimo;
Eis somente o que h'a,
...Eis somente o que h'a.

Descobrir-se a palavra secreta da pedra,
Filho igneo da terra;
Eis o que h'a,
Eis o que h'a.

Friday, February 10, 2012

VI

Assim como  vale para a Lógica, é digno de nota para a Psicologia caso o indívíduo tenha que se levar ao absurdo para provar a sua verdadeira identidade.

V

A polissemia ambígua é o motor da dialética.
Esta outra,  rumo ao conceito, dirige-se para onde lhe sugam o vácuo e a ausência do mesmo.
O espírito é metáfora, e sua ânsia é significar o infinito.
Cada palavra dorme sobre si obsoleta,
e espera ser desperta por um pecado,
 tal como o fora a ambigüidade do proto-Unicórnio.

IV

O sujeito antigamente sentava-se à escrivaninha e escrevia seu diário. Compartilhava com Deus a ordem cósmica de seu dia - por que de fato era essa sua fé. E hoje muita gente pensa compartilhar entre si alguma coisa... Não, o único jeito de "compartilhar"  como se quer,  en masse , é perder a interioridade no enfadonho e no infra-humano. O único jeito.
Mas cada qual em sua anestesia: Entre os homens só o amor os compartilhará;
                                                                                                         [se chegar o tempo.

Tuesday, February 7, 2012

III


Essa idéia da influência do platônico mesmo em sua ausência deve ser segurada. Estou trabalhando na mesma coisa, subsumida porém na forma do cristianismo. Essa idéia deve subsumir na forma do Cristianismo para que dê o olhar do contemporâneo, mas sem  esgotar porém o conteúdo pagão - ele pode ser ainda útil em sua forma ingênua.

Eu devo aproveitar a ocasião, e que és um rápido leitor, para sugerir-te uma atualização urgente por parte da superação teológica da filosofia e das dialéticas do saber, tal como Kierkegaard expõe bem.   Eu estaria sendo incoerente com meu trabalho se ao menos não manifestasse a sugestão.


O tema que me preocupa agora é, em que sentindo o bem-estar ou a felicidade individual devem ser preteridos em relação ao ideal - esse tema romântico mesmo. Kierkegaard p.ex. supera a própria noção de felicidade, mas não abre mão da liberdade. Kierkegaard, entre outros, não acha difícil ser feliz, mas ser livre para desligar-se dos homens e experimentar o tal "silêncio interior".

Por outro lado, às vezes suponho que não seja absurdo a felicidade no caminho do ideal, isto é, de um dever extrínseco que é testemunhado na interioridade. Dever tal como aquele com  que Schopenhauer caracteriza o gênio na Metafísica do Belo. E felicidade tal como no sentido alquimíco de consubstanciação com a Ordem, enfim...


Falando em gênio, K. problematiza a relação entre o paradigma do gênio e o do santo. Isso é muito interessante, e coloca-me na lembrança daquilo que certa vez te coloquei no costão do santinho, entre as pedras: " Por que não o santo?"

Enfim, a problemática do platônico é a problemática da hipocrisia, ligada ao ser-si-mesmo sob certo conceito, sob certo Eu.
 Enquanto os platônicos perdem o jogo por W. O, a "multidão" ganha-o por nem tê-lo começado. E enquanto isso o filósofo morderno tenta apreender a ser nômade e a viver entre vários climas diferentes, do seco ao úmido, do frio ao quente. Tampouco deixa ele de visitar o subterrâneo e logo em seguida alçar vôos supralunares... e vice versa.







Escrito em ocasião de correspondência.


Monday, February 6, 2012

II

Basta que Um nos leve ao fim do caminho, e o caminho já torna-se legítimo.
Não o levam consigo aqueles que dele se extraviam.
O mérito de cada exemplo é exaltar a liberdade de cada um.
E cada esforço pela idéia, pois, aponta-nos uma possibilidade inflamável.

Saturday, February 4, 2012

I

Quando a música é boa, a verdade é que traz um compromisso muito grande para as pessoas, o qual por ninguém pode ser assumido no dia a dia, salvo excessões. Cada obra-prima abre um rombo no coração e o deixa insaciável.  E isso tudo não é muito diferente para outras artes.

Tuesday, January 31, 2012

X

Outro exemplo de crítica imanente: alguém vestido de formiga critica o formigueiro, não obstante ser-lhe impossível à sua vez deixar de ser peçonhento...

Esse ambiente narcísico aqui é tentador. À despeito das fichas de qualificação as quais o FB dispõe aos jogadores da escala darwiniana da "evolução" e da "adaptação", e já que alguns postam toda a própria intimidade em mil imagens publicadas entre 2000 "amigos" (sim, alguns tem 2000 mil, por que não?!) eu, na qualidade paradoxal ao mesmo tempo de crítico e usuário - ou seja, de hipócrita renegado - o faço tudo isso igualmente e sem rodeio em palavras mesmo... Nem sei como participar da roda. O jogo é ora um jogo de promoção do "eu", ora um jogo do consumo e propagação de resíduos culturais de rapida absorção mental, meros estimulantes analgésicos, na linha mesmo da fluxotina. Longe dos olhos de quem só vive na visão, alguns salvam-se na rara comunidade do diálogo aproximador : Alías, convido todos às auto-estatísticas em psicolingüistica, relacionar o próprio uso da fala à prazerosa autoimagem esculpida - hoje com as melhores ferramentas - nos olhares alheios... Melhor que espelho.

(Escrito originalmente do FB para cá.)

Monday, January 30, 2012

IX

Que cada aforisma seja a mais fiel expressão de minha e de toda incompletude; uma incompletude, espera-se, análoga à breve duração de captar um instante da experiência em fino conceito, ou em fértil metáfora; incompletude análoga a uma Existência transcendente que sofresse em cada ser uma breve aparência de vida.

[E cada dor no instante é sofrida eternamente: pois revela-se e acontece na eternidade do espírito.

VIII

De vez enquando escrevo fora de lá algo que remete a lá mesmo, e o levo de forma suicida para seu anti-lugar, isto é, lá. É a chamada crítica à partir de dentro,aquela com que Adorno a tudo adornava... Vejamos e acompanhemos bem cada letra destes assobios!:

O facebook e o chat perdem para o século XIX o que era ao mesmo tempo a patologia e o auge da amizade: o compartilhamento do lírico através de cartas.

Por outro lado, aquele século não teve a graça de disfarçar sua fraquezas com a experiência mais chã da existência, isto é,  usar ferramentas de linguagem e comunicação infinitas para compartilhar apenas o vazio e o tédio entre a amizade, isso que é expresso por seu maior sintoma: um  compartilhamento prolíferoso de besteiras.

Sunday, January 29, 2012

VII

Como poderíamos contínuar, Srta.? Não há forma mais elegante do que uma frase pequena, em forma interrogativa, e de vasta sinonímia...
Pois bem. Acredito que o possível é tão infinito que ele esgota imediatamente, com um único olhar,  o ser que o vislumbra. Pois no homem a possibilidade é antes de tudo - isto é, de ser condição da metafísica - um complexo de afetos e, portanto, um complexo de valores . Num homem sozinho, e em plena interioridade ante a vastidão do Firmamento,porém, o possível converte-se em impossível à luz do absoluto e do sublime; mas à luz do absoluto - a liberdade-  é que isto - a possibilidade -  verte-se em realidade entre os homems, embora sua angústia será sempre o caráter virtual de toda possibilidade.  Ora, a impossibilidade do esgotamento do possível e sua angústia é o preço fáustico da liberdade.

Friday, January 27, 2012

VI

 Na vida a única coisa a se perder será a grande coisa que se teria ganhado, isto é, perder o que de fato não havia! Que coisa...

Thursday, January 26, 2012

V. "O filósofo nu. Ai que coisa ridícula..."







Kierkegaard já dizia: ai de quem revoga a interioridade ante ao geral ! O demoníaco é a zombaria!. H.Arendt*: o Eu, quando é ele mesmo, é justamente o idiota. Apoiado por Nietzsche**: Jesus teve a corajem de ser idiota...  E a excêntrica interpretação de Camus***: Ao saber Jesus que ele era o culpado, suicidou-se... e só assim foi ele-mesmo. Essa primeira é tão absurda e verossímil ao mesmo tempo, que me faz rir de pavor.




*  Em escrito sobre Maquiavel
** Em um aforisma
*** A Queda

Saturday, January 21, 2012

IV

Na interdisciplinariedade estão as possibilidades analógicas, e portanto, a profundidade e a penetração
do espírito em alguma unidade conceitual.

III

Das Töd in die Ehe, bedeutet das Töd in die Selbstsucht durch das Andere.

II

Penso que talvez seja impossível uma verdadeira interdisciplinariedade nos campos acadêmicos, pelo menos uma que valorize uma erudição variada e dasalienante.

A filosofia deve ser interdisciplinar, como na época em que Aristóteles, ou Eurípedes, dominavam vários outros conhecimentos.  É preciso ter autonomia filósófica em relação à academia, mas sem esquecer desta como ginástica social do filósofo em seu tempo.  Depois de morto, tanto faz: o que fará diferença é a obra escrita e a vida vivida.


Monday, January 16, 2012

I

A questão consiste em saber (A) se em matéria de ideologias ou filosofias somos contra a coisa (1) na coisa ou (2)  fora da coisa.
E caso ainda (3) se o fazemos através da coisa.

Isto é, surge um problema paralelo(B): que direito tem as preposições de espacializar os territórios abstratos?


(Nossa Senhora...)

Saturday, January 14, 2012

IX

"Doce o precipício de escorregar pelo outro!
Doce cólica de melancolia.
Doce tempo em que abre-se ao sono!
Doce volta pela neblina.
  Ai ânsia de beijos,
  Ai ânsia de alguém!"

Disso faz teus poemas, homem reverso;
mas neles esperes ninguém.

VIII

Esses cantos tão belos...
Até o vento, sedento, perphia às vezes os túríbulos eólicos de meu pífano e os entoa em suas harmonias.

VII

‎"-O que escreves?" Perguntaram os cisnes pela cauda do pavão.
" -Mozaicos Polissêmicos!"- Cantou este último.

VI


‎"
Convenhamos nós poetas, virtuais solitários;
Wittgenstein...Wittgensteni...Iwttgensteni... Iwttgensnite...
O que este homem diria do joguinho de linguagem chamado Facebook?
Real Playing Game, rpg?
"

Sunday, January 8, 2012

V

I .Ah se a página  não virasse...

Na verdade , só ambigüamente é dito "eu te amo!"!; sempre tomando em vista a possibilidade de experiências com o outro, e - ainda que de fato alguém, por seu turno, o receba - tal nunca é dito para o outro efetivamente, do ponto de vista de quem julga estar amando . (Pois descobrir-se-ia  este outro, na dupla qualidade de outro e de amado, só quando o coração passasse um rodeio nos conteúdos fixos da consciência e os trapassasse antes mesmo de refletirem-se nas possibilidades pretendendo realização: a natureza da alteridade é recusar a identidade e ser hostil à concepção). Muito bem. Naquela condição foi dito "eu te amo!". Mas chega hora, em que este outro - isto é, qualquer um dos dois- têm um lance de espiritualidade e de sentimento de si e ciúme daquela relação erótica do apaixonado consigo próprio por intermédio do fetiche que faz do amante;  o outro reividica sua identidade só para si, quer-se inobjetivável, e então tudo rompe.
 Isso é o segredo de toda melancolia pós-romance, e Pós-Romântica, que no entanto é um traço de consciência de uma melancolia pelo sentido: Esvai-se pelas imagens a certeza de que existimos em nós-mesmos; pois quando assim apaixonados romanceamos, vivemos intensamente o presente do futuro, isto é, a promessa de um presente! mas depois de romanceado... vivêmo-lo como passado, isto é, como um presente não cumprido.
(...)
Ai...esta melancolia é uma angústia curada com objetivos ontológicamente tênues! - realidades sim inquestionáveis e narcóticas do coração passivo... mas sintomas fatais do sujeito expulso de seu presente.

II .  Mas se a página virar...


Esta melancolia suicída, procura desesperadamente para si uma cura no sexo; e com esse vitalismo,  ex Darwin  prestou-se alguns narcóticos aos niilistas, renovou-se e justificou-se uma melodiosa visão capitalista da sedução, encabeçada pelo duo cinema-música , que ajudaram de modo panteônico a radicalizar  e universalisar   na fórmula de um erotismo funcional aquele paradigma difundido em Don Giovanni,  mas criticado por K.  Pois bem...de repente a melancolia acorda de sua dor de cotuvelo fim-de-novecento e faz propaganda de um sexualismo assim como quem fizesse propaganda da fome que deviamos sentir todos os dias !- sim, procura uma cura espiritual - qualquer suposto enquadrado na fórmula romântica do Ideal-   em algo não-espiritual; propagandas de um sexualismo advento da emergência desesperada de esgotar-se* aquela possibilidade de sentido em que a melancolia angustiava , este qual passa a desempenhar um papel hiperativo e desesperado nestas tentativas frustradas - pois egoistas! -de reconstituição da "saúde" - sim, frustradas, dado que  'saúde' trata de um conceito global.
Resultado: suicidou-se a melancolia em seu próprio gozo salvatório, anulou-se o devaneio totalizante e assim perderam-se por aí espalhados os restos de um falso-sentido: este único vestígio de um sentido.

Bom, agora eu gostaria de me esconder nos espaços brancos desses dois parágrafos anteriores e espiar o caro leitor constatar em si mesmo o absurdo do estatuto erótico sob o qual esse par pretende  ainda se casar, Amor e Sexualidade !

IV

Medite-se sem parar no seguinte:

Tão dito 'Cristo', Cristo é maldito. 

Pronto? Então parou-se de meditar... !
Que signo mais ressurge ainda depois de trivializado, depois de tão remexido e confundido? Que sentido faz , ainda, um cristianismo ainda preponderante no universo do discurso?

E ainda, não obstante, já dizia um escritor dinamarquês.:
Nada mais pode ser recuperado, fora da fonte da repetição...

III

O esforço ascético é não deixar o gênero humano sucumbir. Pode  não significar propriamente uma superação otimista do humano, e sim uma resistência contra o anti-humano.

II

O começo do ano é um retorno. O calendário cíclico é a melhor lembrança contra o falso progresso no temporal. Angústia é esse confllito do ser finito em conflito com a eternidade cíclica do calendário:

 A fé, espera-se, quebra todos os relógios...
 E tanto quanto a ela, seria preciso tê-los no entanto;
 Inteiros e perfeitos, antes de quebrá-los.

Saturday, January 7, 2012

I

Gib mir die Gelassenheit, Dinge hinzunehmen,
die ich nicht ändern kann;
gib mir den Mut, die Dinge zu ändern,
die ich ändern kann;
und gib mir die Weisheit, das eine vom andern zu unterscheiden!




(autor desconhecido)

Ao diabo com as postagens de blogs fúteis; que a título da diversão e do descompromisso são negligentes e preconceituosos em relação a questões sérias. Isso só reve-la a ausência do sentido do cômico, e analogamente do trágico, em nossos meios de co-futilização. Todo ser humano hoje deve estar tão afastado das coisas e tão falsamente centrado em si que até uma piadinha de 30 anos atrás já lhe
 é incompreensível; pior fosse, p.ex, uma piada de Becket. Ora, todo pequeno interesse já é responsável por multiplicar no mundo ou não um estado de coisas, e dele nasce grandes investimentos concretos, na direção que for. Contudo a situação é que desde que trate de idéias, e não do sensorial que cerca essa nossa animalidade- tão preconizada por Darwin -a coisa já corre o risco de ser descartada por esse fascismo anti-cultura. Ainda que na aparente qualidade de chatófilo, repito com toda a dicção: ao diabo com estas postagens!

Friday, January 6, 2012

X

A melancolia é uma tonalidade negativa do sentimento, com o especial de envolver consigo uma promessa ou uma recordação de um prazer infinito e inalcançavel.  A melancolia determina a angústia, o ser coloca-se não frente uma possibilidade vaga, mas frente a uma mecha de saudade e recordação; nela o próprio presente é vivido já na recordação.

Um de vários exemplos disto, a famosa serenata de Schubert; a tonalidade menor envolve quase que ambiguamente a maior , a qual vacila sobre aquela mas que  firma-se no final. É a alegria vislumbrada já no desânimo, ou o desânimo que vislumbra uma alegria que não tem forças para alcançar. Mais propriamente, seria uma peça perfeita para aquele sujeito kierkegaardiano de A Repetição. 

Thursday, January 5, 2012

IX

Ao proferir o oráculo, ele guardou a verdade para si. E ao guardar a verdade para si, mostrou-a
 através da própria conduta e do próprio exemplo, o qual mostrava-se misticamente em ressonância com harmonias de cordas universais: isto é, mostrou que a verdade é a verdade de si em uma Ordem.:

O asceta hermético cala-se. Os gênios - e nós acadêmicos,bajuladores de gênios- , inquietos, falam e gritam; mudos,proclamam e reclamam hiperativamente mesmo depois de roucos terem perdido a voz. Entre eles a destreza do pensador aforístico, do anti-filósofo: passa por diplomata, constrói terrenos sofísticos sob medida, e sua habilidade vital é saltar os abismos entre aqueles precedentes.

VIII

Diferente de certos livros anafóricos e que implodem em si mesmos, o aforisma tensiona a interpretação e explode o significado para fora de si, retira-lhe o envólcro e o devolve à vida. No estado idílico em que se encontra o discurso, isto é, ilhado, o preço pago ganha a ambigüidade metafórica de todos os horizontes.

VII

-A vida é um envelhecimento,e vai rumo à caveira. É tudo questão de enriquecer o espírito contra a pobreza da velhice, nossa e do próximo. Permanece, porém, só aquilo que na vida , entretanto, nunca fôra vida de fato.

VI

O aforismo fora a sentença do sábio, mas agora é sobretudo o gênero do desespero daquele outrora sábio. A eternidade é nele perdida e revogada na impaciência do agonizante. Em meio à febre do pensar o caminho não é mais sequer planejado, não o pode ser. Os estilhaços são a única realidade, e a verdade é deles fazer-se o mais belo e kaleidoscópico mozáico. A única verdade é dar testemunho de si na situação do estilhaçamento. É indicar o alvo com o próprio indicador, e não com o da mão de outrem. E isto apenas ao que crê, ao próximo. Ao exterior não há nada mais a ser provado no terreno do substancial, e nem que seja preciso sê-lo. O sujeito que o prove em si, o arco da morte e do envelhecimento abre-se igual para todos. O que garantirá a autenticidade deste testemunho será fazê-lo esquecido do mundo e na grandeza de enfrentar o fatídico erguido contra o olhar infinito e temível de Cristo.

O aforismo é o pensamento que anda nu na propria redoma, e que de seu refúgio encalorado só exterioriza durante a necessidade visceral, pois sofre demasiado de frio.
O aforismo é um grito, e um grito que não se prolonga em capítulos: sua forte intensidade é breve mas deve ecoar eternamente nas cavernas do espírito, e tanto mais quanto mais imensas forem.

VII

Ele só tem rudimentos de filosofia. E na medida em que sejam bons,na medidade em que sejam bem tratados e bem escolhidos, escolhidos com o coração, são ainda - contra todas as objeções- rudimentos do infinito.
E conforme sejam rudimentos do infinito, são provas também da fertilidade do filosófico, da fertilidade de um verso que se multiplicou, se descaracterizou e se complexou.

Ora,o filósofico deve ainda hoje, e, justamente, apesar  da História, pagar seus tributos com  a ordem mítico-poética do mundo e tornar o indivíduo fértil e sagrado como a terra, até que seja verificado aquele solo fértil onde,  como disse aquele cristão, é que semear-se-á devidamente a fé . Caso contrário, de que valeria um extenso conteúdo, mas tal que torna-se o homem frio e estéril? E no entanto, porém, não mal-dizemos nem desmerecemos um extenso conteúdo.

A prova de que se compreendeu filosofia é este sentimento ao mesmo tempo arrogante e humilde de uma autonomia do pensar: esta autonomia pode cegar,e ser arrogante, ou humilhar-se humildemente frente o sublime da autoconsciência infinitamente inquieta e insaciada de si mesma. O que compreendeu algo, não conseguiu deixar de pensar imediatamente no sentimento de responsabilidade e seriedade de sua parte em relação ao conteúdo, não conseguiu deixar de tomar parte no conteúdo, ainda que sua parte nele seja menor que a dos grandes filósofos, que a dos grandes cientistas, que a de qualquer celebridade de gênio.

A fertilidade própria da filosofia, e do pensamento abrangente e totalizante em geral, é não uma criação de bajuladores de textos e filósofos, mas uma criação de criadores, sejam eles na quantidade e na especificidade, na qualidade e na abrangência, sejam eles nos defeitos e inabilidades que forem . O que não cria, o que espera o outro dar o passo adiante, este corre o risco de ser irresponsável,de ser o inconseqüente, e de remexer com mão suja as feridas do pensamento.Não o criador.

Não, o criador sente-se ligado ao que faz como que por uma só pele, e às conseqüencias dos próprios filhos responde com seriedade, até mesmo a relação de qualquer erro com os mesmos é baseada no respeito e no profundo arrependimento.

Cada rudimento filosófico é infinitamente potencial, na medida em que sua possibilidade é fertilizada e semeada por uma carência de infinito e de sentido.Nele, pois, pensar é criar vias de acesso a si-mesmo e concomitantemente, à uma realidade exuberante.

VI

O artista não deve ver sua arte como um trabalho que dá prazer, mas inversamente, como
um prazer cuja consequëncia é muito trabalho. Se o artista coloca o trabalho como anterior ao
prazer, pode perder em sua alienação inerente o senso da idéia, ou do belo, e assim padecer no próprio trabalho. Só um prazer estético anterior e original, que antecede à obra e já na forma de idéia,é que consegue no amor que suscita, impulsionar ao trabalho com as forças e perfeições próprias de qualquer compromisso com o infinito.

Fora o vigor sadio do júbilo, que surge no coração de um amador especial, aquele profissionalmente capaz, e aquele júbilo referido em certas peças de Bach, p.ex., a única coisa que a doença moderna produziria com vigor, seria um apelo à sua própria cura - tal como o figurou bem o expressionismo de Webern, e por conseguinte as formas radicais de saturação e esterilização da música em arte sonora, como nos compositores experimentais.

Neste sentido, na categoria do "amador" é que estaria hoje o estético, e que só tomando esta como pressuposto poder-se-ia entender apropriadamente a contradição que é o "artista profissional", dado a problemática capitalista e anti-estética por excelência do "profissional"*.

* Ora,a impossibilidade do artista autêntico na atualidade é abordada por muitor autores. Foi prenunciada , por exemplo, por Hegel, em suas lições de Estética, e constatada, ainda como exemplo, por S. Beauvoir, tal em "O Pensamento de Direita, Hoje", no breve capítulo referido à arte.)

V

É como se relatasse de modo radical cada microprocesso da alma, a nuance de cada movimento psicológico de frente para um ambiente angustiante: o expressionismo.

IV

Enquanto estamos vivos dialogamos com vultos, e quando mortos, talvez, com pessoas que se esforçam por tornarem-se vivas o suficiente para nos compreender

Monday, January 2, 2012

III

Conseqüencia de um homem desenvolto do mítico, a filosofia nasceu em verso. Até que ponto não é ela ainda um genêro literário, e propriamente um "filosofês"? Aonde que sentimos seu discurso ferir a realidade, senão por um pathos proporcionado por um belo e bem jogado xadrez da razão? Não é em filosofia a verdade uma ratio devido ao estado de espírito, a mesma que na obra de arte é beleza?

II

Do ponto de vista da profissão, a realização do fim pede uma comparação exterior. Do ponto de vista da auto-realização, a realização não pede nenhuma comparação, fora a comparação interior. O que significa, pois, uma auto-realização na profissão?

O Alpianista - Uma paráfrase para a questão do si-mesmo.


Há profissionais que se levam a sério na atividade, outros não.
Se você é alguém que leva a sério a si mesmo e sente-se de vez em quando afetado - por exemplo, enquanto pianista- por pianistas melhores que você e faz com isso diversas chacotas de si proprio, por mais que tente algo contra; se você for, como eu, um destes seres autofágicos, com compromissos infinitos consigo próprio e que correm constante risco de vida devido a uma força tal como aquela que empurra certos alpinistas para o pico, sem que estes usem sequer aparelhos adequados para isto, se você for tudo isto então me acompannhe no seguinte:

(Alegorizo qualquer profissão.)Imagine um super-pianista, chamado Player, que tem todos o incríveis e extraordinários poderes que um artista possa almejar. Ele toca, por exemplo, todo o repertório pianistíco a qualquer momento:repertório solo, camerístico, orquestral;e tanto em condições favoráveis e desfavoráveis sua inspiração permanece intocada, tal como se vivesse acima mesmo do Olimpo. Ele agrada qualquer juiz. Ele é solicitado por todas as gravadoras. É apreciado por todos os críticos e dele até ao público mais leigo qualquer obra soa facilmente compreensível. Além disso é bonito e tem boa aparência no palco. Sua leitura a primeira vista é igualmente impecável,já que o aprendeu antes mesmo de sua alfabetização: sempre depois do café-da-mannhã pega uma partitura de sua biblioteca e lê-a com enorme gozo e emoção. Não precisa de muito tempo para renovar o repertório e como seu estudo abstém de muita repetição, está com a cabeça sempre tranqüila para outras atividades , como ler um livro e paquerar. Claro, ao piano ele chega sempre saudável e disposto, com mãos invulneráveis. Ora, o Player é, de fato, exepcional, e por isso todos os querem em sua sala. Se não gostamos, por exemplo, do modo que ele toca alguma peça, ele muda conforme o público, e se adapta tão bem aos nichos culturais mais diversos que Darwin o elogiaria muito se aqui o assistisse. Enfim, não seria difícil extender a descrição de suas habilidades!

Surge então a pergunta: Meu deus do céu, quem é "profissional" e quem é "amador" ao lado do Player?!

Caso você tenha imaginado este espécime devidamente, acontecerão três eventos catárticos em tua vida:no primeiro momento pensarás consigo e irás verificar em seu coração o seguinte: "droga,sempre será sempre impossível..."

Daí, o segundo evento: você irá parar de tocar um dia, depois de saturar-se na competição e ter perdido nisso todo o senso estético e musical. E noutro dia irá tocar, mas fracamente, menos. Então chegará uma hora em que você quererá de fato parar,nem que seja para um longo descanço,e para.

Esta hora é a crucial. Se você sentir-se tal como um nadador que vai de uma ilha à outra, um nadador que ao se cansar demais no meio do caminho se obriga a descançar ali mesmo ,boiando, e que por isso não é dado parar para sempre, nem por muito tempo, então você entendeu que a tua relação com o tua arte e com teu serviço para os outros, é, sobretudo, contigo mesmo; e que o outro, isto é, o Player, é paradoxalmente a medida: não a de teu sucesso em relação a ele e aos que são dele e para ele, mas a medida de teu sucesso em relação àquela impossibilidade geniosa de parar, isto é, aquele momento em que sentiste uma vontade na qual os próprios limites de teu ser foram esquecidos, e apenas desta forma, suprimidos por um momento.

Agora você descobre algo mais importante que qualquer grau nos caminhos afortunados:isto é, que há dois infinitos bem importantes: o infinito entre os diversos caminhos afortunados e seus graus, e o infinito sem grau da identidade de ti contigo mesmo.




(imagem: Hammershoi, pós-romatismo dinamarquês.)

Sunday, January 1, 2012

II - I

O filósofo hoje suporta por quanto tempo,se isto for preciso para sua integridade, ser idiota e ridículo?

Devemos ser gratos pelo Ser estar sendo e funcionando a todo momento, sem te cobrar nada em troca.Sentir isto é uma forma de afinar e vibra...