Sunday, December 11, 2016

Superopnação

A liberdade de expressão de uma pessoa, principalmente de uma maioria com a qual ela colabora, deveria ser proporcional à extensão e intensidade de seu espírito na coisa sobre quê opina. A internet simplesmente detonou isto, dando a todos o mesmo tom, e a possibilidade de configurar um "perfil" arrasador.

A maioria dos comentários em papinhos e redes sociais não passam de atualização da inscrição do indivíduo num certo grupo que os dá sentimentos positivos - mas nunca no grupo da humanidade em geral, no qual hoje só enfrentando várias emoções, proporcionadas sobretudo por desafios filosóficos ou eventos-limite da vida seria possível solicitar uma vaga...

Se a pessoa é sempre sombra de si mesma, e pura aparência, então o perfil é a duplicação mais pérfida da aparência. De fato: a face é a faceta do todo, que o revela ou esconde.

A internet possibilitou delegar ao computador e à miragem de um Outro omnipresente - mas concretamente ausente - o ato concreto de existir com os outros ao se perceber a própria solidão fundamental.

É quase impossível conectar-se ao universo e à cidade num só ato ao mesmo tempo; sacrificando, tu és o bode de ambos em guerra,

aspergindo de si mesmo.




Devemos ser gratos pelo Ser estar sendo e funcionando a todo momento, sem te cobrar nada em troca.Sentir isto é uma forma de afinar e vibra...