Xadrez é filosofia.
Peça é conceito.
Jogada é juízo.
Sobre o que os reis perdem ou vencem,
resta pra trás ali mesmo:
importa é o que, vivo,
a dois vai consigo.
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Friday, November 13, 2015
Thursday, November 12, 2015
O Carvalho de Olavo
A ausência de uma crítica séria e a multidão de xingamentos ao Olavo - veja-se p.ex. o blog de Bertone de Souza - mostra de fato a esterilidade nacional matéria de arte dialética, ao que, por mais improvável que fosse, e a despeito de todos possíveis deslizes dele, se daria razão, ao menos quanto suas prioridades de crítica. Não parece fácil discernir seus posicionamentos em filosofia e em sociologia ou teologia um dos outros. De qualquer modo, de fato ninguém está interessado no seus pontos indiscutivelmente mais interessantes: o valor pedagógico da filosofia e a Teoria dos Quatro Discursos. No mais, seu preconceito não é explicitamente menor que o de Schopenhauer, seu pessimismo crítico não mais sintomático que o de Adorno, sua radicalidade em nada tão oposta a dos clássicos gregos. A opnião de Kierkegaard sobre a arte, e a de Hegel sobre seu próprio saber podem ser consideradas asneiras conforme as suspendemos fora de sua função retórica local , algo do chamado plano da imanência deleuziano. É preciso, pelo contrário, considerar a tarefa de construir uma elite extra-universitária independente - quanto a qual não se confuda com um anti-universitarismo ad absolutum - e trabalhar oposiçães consistentes, p.ex. com Deleuze, o qual seria "contra" tal superestima da arte do discurso ( veja-se "Que é Filosofia?").
É em primeira linha indiferente aos filósofos que ele seja idiota ou polemista: importa é identificar seus conceitos e medí-los à luz de filosofias recentes. Pois o filósofo pode ser hipócrita em relação a uma filosofia que lhe supera. A posição conservadora no Brasil, para qual ele busca ser o representante intelectual, é em geral especialmente importante para o Brasil, e neste país toma uma matiz que difere completamente da direita austríaca , por exemplo. Se ele não oferece o melhor argumento para o tradicionalismo, é precisar haver alguém de peito que o mostre, sem perder-se xingando sua cosmologia, sua astrologia, sua ética e tudo o mais medindo apenas seu programa de rádio.
De forma geral, o fato de tanta gente lhe dar atenção com tanto xingamento e baixaria mostra mais o sintoma da classe semi-analfabeta brasileira. Frente a uma massa deste tipo é razoável que Olavo use da autoridade intelecutal de forma mais violenta, afetiva, ou mesmo falsa. É razoável que ele acabe querendo opnar sobre tudo, embora seja errado entendermos isso como o seu compromisso filosófico.
A filosofia não surpreende com sua radicalidade, e cada pensador ganha seu espaço por motivos que só dependendo da forma da exposição podem ser engolidos. De qualquer forma, assim é que ela busca responder à radicalidade resistente do mundo.
Importa-nos quanto ao Olavo, independente de qualquer asneira, comparável à crítica de Schopenhauer aos homens barbudos, atermos-nos apenas ao seu "carvalho"; isto é, sobretudo àquilo quanto ao que ele tem razão: que de fato o Brasil é o país que cultiva e desenvolve cada vez mais a arte do homicídio e do ataque; e desta vez: a do homicídio intelectual verbal.
É em primeira linha indiferente aos filósofos que ele seja idiota ou polemista: importa é identificar seus conceitos e medí-los à luz de filosofias recentes. Pois o filósofo pode ser hipócrita em relação a uma filosofia que lhe supera. A posição conservadora no Brasil, para qual ele busca ser o representante intelectual, é em geral especialmente importante para o Brasil, e neste país toma uma matiz que difere completamente da direita austríaca , por exemplo. Se ele não oferece o melhor argumento para o tradicionalismo, é precisar haver alguém de peito que o mostre, sem perder-se xingando sua cosmologia, sua astrologia, sua ética e tudo o mais medindo apenas seu programa de rádio.
De forma geral, o fato de tanta gente lhe dar atenção com tanto xingamento e baixaria mostra mais o sintoma da classe semi-analfabeta brasileira. Frente a uma massa deste tipo é razoável que Olavo use da autoridade intelecutal de forma mais violenta, afetiva, ou mesmo falsa. É razoável que ele acabe querendo opnar sobre tudo, embora seja errado entendermos isso como o seu compromisso filosófico.
A filosofia não surpreende com sua radicalidade, e cada pensador ganha seu espaço por motivos que só dependendo da forma da exposição podem ser engolidos. De qualquer forma, assim é que ela busca responder à radicalidade resistente do mundo.
Importa-nos quanto ao Olavo, independente de qualquer asneira, comparável à crítica de Schopenhauer aos homens barbudos, atermos-nos apenas ao seu "carvalho"; isto é, sobretudo àquilo quanto ao que ele tem razão: que de fato o Brasil é o país que cultiva e desenvolve cada vez mais a arte do homicídio e do ataque; e desta vez: a do homicídio intelectual verbal.
Saturday, November 7, 2015
Inquisidores Underground
O Ministério da Educação anda a ser acusado por alcançar o que nem a Inquisição conseguiu: proibir Camões.
http://www.olavodecarvalho.org/convidados/mendo6.htm
http://www.olavodecarvalho.org/convidados/mendo6.htm
Elipse
Tomo-as como minhas palavras:
"Estilo elíptico, aí, não é usado para abreviar a comunicação, mas para introduzir, nas passagens abreviadas, toda sorte de absurdidades que, para ser(em) aceitas, devem permanecer abreviadas, de vez que explicitá-las é desmascará-las. Esse tipo de texto serve precisamente ao leitor apressado, que prefere antes deixar-se enganar do que ter o trabalho de descompactar a mensagem. Usando esse tipo de linguagem, um escritor pode lhe impingir, em poucas páginas, um número significativamente grande de erros e confusões que, por sua compactação mesma, não poderão ser identificados senão mediante o uso de técnicas lógicas que não estão geralmente ao alcance do leitor típico a que se dirigem esses textos — o estudante, o militante operário, a dona de casa, ou mesmo o homem letrado sem treino especial em filosofia."
" A única maneira de romper a mágica da mistificação elíptica é explicitar o implícito, recuperar os trechos saltados, reconstituir os passos lógicos omitidos; e isto, além de dificultoso e, para o leigo, quase irrealizável, tem ainda o inconveniente de não se poder expor senão em trabalhos extensos — bem mais extensos, pelo menos, do que os textos analisados."
http://www.olavodecarvalho.org/textos/tiazinha.htm
Erva Daninha
A diferença entre Olavo de Carvalho e seus "comentadores" daninhos de internet, é que ele criticaria p.ex. Darwin, Newton, ou Lutero, depois de estudar sua obra inteira, ou ler a fundo sobre, e que os comentadores daninhos sequer leram um livro dele, atendo-se a seu aparecimento provocativo em video.
O radical de uma situação pede respostas radicais. E mesmo suas falhas são ainda justificadas por ele levar a sério o fato que o intelectual hoje tem sim de portar um vigor impressionante frente absurdos evidentes, o que , sim, o arrisca demais.
A democracia no Brasil, somada aos meios da internet, acelera uma tirania dos burros sim, e de fato poucos estão à altura de respondê-lo em seu nível, sendo por muito tempo indiferente se ele diz que a Terra gira em torno do Sol ou não.
"O sujeito que faz o certo só por obediência e sem compreendê-lo acaba por transformá-lo no errado ".
Em: http://www.olavodecarvalho.org/semana/universo.htm
Um artigo razoável sobre ele: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/luis-antonio-giron/noticia/2013/09/tente-ser-bmenos-idiotab-com-olavo-de-carvalho.html
O Peixe e o Pássaro
Parece que os ataques ( desesperados) contra o desespero sexual americano perverte assim o cristianismo que foi excluído nos primórdios da Igreja. E a pornografia americana, por seu turno, uma ars sexualis rica e mundial.
Dois perdidos; um do outro.
Dois perdidos; um do outro.
Thursday, November 5, 2015
Sunday, November 1, 2015
6 Teses-Martelo
1. O juízo é a pretensão de sair, eventualmente se descomprometer, do domínio da retórica do sentido.
2. O argumento é uma consistência retórica, a pretensão de se compromissar com uma lógica do sentido, a constituindo na pretensão do compromisso.
3. O conceito, ou a palavra, é isto pelo que, ora palavra ingenuamente com função de conceito, ora conceito ingenuamente tomado apenas como palavra, oscila vagabundamente entre a região lógica e a região retórica do sentido.
4. A analogia é isto pelo que as regiões se relacionam, mas ainda e sobretudo, isto pelo que as palavras-conceito vagantes confundem o sentido dos conceitos-palavras.
5. Trata-se é sobretudo de problema e conflito entre oposições, de forças naturais e de representações humanas, bem como de representações de um ser de forças ou ainda - mais interessante - forças de um ser de representações.
6. Estas oposições são analógicas, dialéticas, paradoxais; entre as quais a dialética e a analógica são relações não-singulares e co-existíveis; e a paradoxal, o conflito da relação e da identidade, singular, pois, sem porém ser una - apenas no nome.
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