Tomo-as como minhas palavras:
"Estilo elíptico, aí, não é usado para abreviar a comunicação, mas para introduzir, nas passagens abreviadas, toda sorte de absurdidades que, para ser(em) aceitas, devem permanecer abreviadas, de vez que explicitá-las é desmascará-las. Esse tipo de texto serve precisamente ao leitor apressado, que prefere antes deixar-se enganar do que ter o trabalho de descompactar a mensagem. Usando esse tipo de linguagem, um escritor pode lhe impingir, em poucas páginas, um número significativamente grande de erros e confusões que, por sua compactação mesma, não poderão ser identificados senão mediante o uso de técnicas lógicas que não estão geralmente ao alcance do leitor típico a que se dirigem esses textos — o estudante, o militante operário, a dona de casa, ou mesmo o homem letrado sem treino especial em filosofia."
" A única maneira de romper a mágica da mistificação elíptica é explicitar o implícito, recuperar os trechos saltados, reconstituir os passos lógicos omitidos; e isto, além de dificultoso e, para o leigo, quase irrealizável, tem ainda o inconveniente de não se poder expor senão em trabalhos extensos — bem mais extensos, pelo menos, do que os textos analisados."
http://www.olavodecarvalho.org/textos/tiazinha.htm
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