Saturday, February 21, 2015

Filósofo / Não - filósofo


1. o não-filósofo confere ( deve conferir) responsabilidade ao filósofo.

2. esta surge por antecipação, isto é, repassando-lhe um poder, no caso o mérito daquilo onde seu ofício ( seu fazer) ganha seu mérito e o constitui como profissão.

3.  a responsabilidade do filósofo é independente do público, e deve ser sentida entre o corpo profissional mesmo. O corpo profissional faz de si mesmo sua dívida em matéria de competencia, gera sua tarefa e responsabilidade.

4. no entanto, é o público, ao ser crítico ele mesmo do corpo filosófico de sua comunidade, quem coloca o filósofo num segundo dever, relativo a este público e  sua comunidade mesmo. O público deve perguntar ao filósofo e assim endividá-lo.  Essa dívida é uma segunda dívida, e parece decisivo para o sucesso da realização da dívida mencionada acima: a filosofia é financiada por financiadores, por um público, os quais por sua vez tem opniões e filosofias não explícitas.  Esta segunda dívida, a divida que o povo passa ao filósofo mostrando-lhe o mérito que ele mesmo havia deixado cair no esquecimento ( p.ex. o de analisar problemas éticos) independentemente da auto-suficiência e auto-crítica da elite acadêmica entre si; esta é uma segunda dívida,  e pode regular esta elite  quanto à tarefa filosófica mesma de " dizer o real", uma vez que o não-filósofo ele mesmo constitue o real.

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