Saturday, January 23, 2016

Metabolismos do Cú Diabólico ( O caso " Macaquinhos")

O diabo é o símbolo puro do demoníaco ; isto é, daquilo que se manifesta como mal positivo ao livrar-se de uma certa tendência da consciência em relação a sua perfeição, à plenitude, dentro de sua possibilidade nesta ou tal pessoa.

Ora, o que pude experimentar no Brasil, e constituiu-se como um, talvez o principal, dentre outros motivos que me levram a sai do Brasil, parece mesmo o culto do demoníaco, isto é, a renuncia total a qualquer forma de perfeicao, num pacto com o fomento positivo do caminho inverso ao da dialética da consciência.

Nem em todo lugar do mundo , é claro,  há uma ascese.  Ela sempre foi assunto religioso. Mas em muitos, ao menos, o sujeito é no máximo mediocre: nao vai acima nem abaixo.  E isso é compreensível, pois nem a todos é dado saber algo, ou ter uma vida que favoreca certa transparência de sentimentos.

O fato, porém, de no Brasil, talvez apoiado em falsos darwinismos sobre a origem do humano, cultivar-se o caminho contrário, isto é, constituindo p.ex. uma estética teatral da banalidade anal, sem nunca porém ter atuado Shakespeare, Sófocles,  Artaud, com amor e dignidade intelectual para com tais ideais  - e entendendo este culto do contra-valor como o apanágio da cultura, que deveria ser o culto dos valores, sejam quais forem - näo pode sequer entrar em comparacao com os ascetas e com os mediocres, ou conformados.

 Pois parece plausível entrar em conflito com o demoníaco, presenciar o inferno - o que em certas tradicoes, mencionando o mito de Orfeu, ou idéias da Alquimia,  é mesmo parte do maturamento - e os exageros da ascese, mesmo no seu aspecto mais totalitário, contém ao menos uma origem racional, a qual podem ser reconduzidos os piores enganos da boa intenção ; mesmo os bacanais mais suados devotos a Dionísio, ou o sacrifício de partes do corpo como óbulo a um "milagre" do demônio, mesmo o homosexualismo místico, a assembléia do coro nu contra a tirania do urbano sobre o palco cantando à Demeter, mâe da Terra, seriam plausíveis ao nocional antropológico que cabe ao intelecto esforcado;
 
       [mas nunca será admissível, explicável, nem pelas próprias seitas satânicas mais organizadas, um culto imanente, antisemântico, real, concreto, sujo, absoluto ao cú.






themacaquinhos.tumblr.com/

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